
Cilindradas de moto: entenda o que significam
Se você já pesquisou sobre motos de alta cilindrada, com certeza prestou bastante atenção nesse último termo. Afinal de contas, ele causa uma certa confusão e, muitas vezes, é tido como sinônimo de potência, porém isso não está correto.
Para fazer um bom negócio ao comprar sua moto, é fundamental saber as diferenças entre cilindradas, potência e torque, além de entender de que maneira esses atributos influenciam o desempenho do motor.
Continue lendo para assimilar, de uma vez por todas, o que são as cilindradas de moto e como esse fator pode ajudar na hora de definir o modelo ideal para você!
O que são as cilindradas de uma moto?
Representada por “cc” ou “cm³” (centímetros cúbicos), a cilindrada é o volume de combustível e ar que cabe em cada cilindro do motor. Dentro desses cilindros ocorrem explosões causadas pela queima de combustível e oxigênio. Essa combustão produz o movimento dos pistões, que, através da biela, acionam os eixos e estimulam a ação rotativa do motor.
As cilindradas de moto influenciam diretamente a experiência do piloto. No entanto, não devem ser consideradas de forma isolada. Existem outros fatores que determinam a performance e eficiência do motor, especialmente a potência e o torque.
Exemplos de modelos de moto
As motos de alta cilindrada chamam atenção por onde passam. Um dos maiores destaques da categoria é a Suzuki Hayabusa GSX 1300R, que esbanja um motor 1300cc, potência de 197 cavalos e torque de 14,2kgf/m. A máquina consegue atingir os 300km/h com tranquilidade.
O modelo Ninja H2R, da japonesa Kawasaki, tem um motor de quatro cilindros de 1000cc que alcança impressionantes 400km/h. Vale destacar também a MTT Turbine Superbike Y2K, detentora do título de moto mais potente do mundo.
Contudo, ao contrário do que várias pessoas pensam, as motocicletas de baixa cilindrada estão em alta no mercado. Afinal, elas são práticas, confortáveis e consomem menos combustível.
As scooters são campeãs nesse quesito — modelos como Honda PCX 150, Dafra Citycom 300i e Suzuki Burgman 125i entregam design atrativo, mecânica de qualidade e facilidade na condução.
A Honda CG 125 Fan é uma das mais populares no país e caiu na graça dos brasileiros graças à sua durabilidade, resistência e bom desempenho. A principal concorrente, Yamaha YBR 125 Factor, consegue superar no quesito ergonomia e suspensões macias.
Outros modelos que valem o investimento são a Honda Biz 100 e a Yamaha T115 Crypton.
O que é potência e torque?
Para facilitar o entendimento, veja um exemplo: um halterofilista precisa de força nos seus músculos para ter tração e capacidade de explosão, características que lhe permitem levantar os pesos do chão. Já um velocista depende de uma boa circulação de ar nos pulmões para atingir e manter a velocidade.
O primeiro atleta representa o torque, que é a força do motor para largadas e retomadas de velocidade. Esse valor depende da pressão gerada pelos gases provenientes da combustão nos cilindros. A unidade de medida utilizada é “kgf.m” (quilograma-força por metro).
No caso do velocista, a potência é mais importante. Essa medida resulta da relação entre o torque e a rotação do motor, definindo a velocidade que a motocicleta consegue atingir. A potência se mede em cavalo-vapor (cv) ou Horse Power (HP).
Porém, novamente, esse não consiste no único fator determinante. O peso do veículo também tem grande impacto no desempenho: motos mais leves costumam alcançar uma velocidade final maior do que as pesadas.
Qual é a relação desses fatores com as cilindradas?
A performance satisfatória de uma moto exige o equilíbrio entre cilindradas, potência e torque. No entanto, dependendo das necessidades do condutor, algum desses valores precisam receber olhares mais atenciosos.
A comparação entre os modelos Suzuki GSX-R 1000 e Suzuki Bandit 1200 deixa isso bem nítido. A GSX-R, com suas 1000 cilindradas, alcança 180 cavalos. Já a Bandit tem 1200 cilindradas, mas apenas 98 cavalos de potência.
São motos projetadas para fins diferentes. A primeira é voltada ao uso esportivo, vencendo obstáculos sem dificuldade. Já a Bandit se destina às estradas, demandando regimes de rotação intermediários e conforto de rodagem.
Como escolher a melhor moto?
Você certamente já notou que as cilindradas não representam o único elemento que se deve considerar durante a aquisição, certo? Separamos mais algumas dicas valiosas para auxiliá-lo na escolha. Confira.
Defina seus objetivos
É essencial identificar quais necessidades você pretende suprir com a motocicleta. Será para uso diário no trânsito da cidade ou em aventuras na estrada? O objetivo é economizar combustível ou atingir altas velocidades? Isso determina as características que o modelo ideal deve ter, reduzindo as chances de arrependimento.
Considere os gastos com manutenção
Como qualquer outro veículo, a moto demanda manutenção constante. Pesquise sobre o custo e a disponibilidade das peças de cada modelo para definir se realmente vale a pena. Talvez você encontre uma moto premium por um bom preço, mas a economia inicial é anulada com os gastos no longo prazo.
Inspecione o veículo
Esse passo é fundamental, especialmente se você pretende comprar uma moto usada. Faça uma vistoria geral, desde trincas na pintura e amassados na lataria até as condições do kit de transmissão e estado das pedaleiras. Também se indica sentar no veículo e simular a condução, a fim de verificar o conforto ao condutor.
Verifique a documentação
Certifique-se de que o número do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) coincide com a motocicleta e faça uma consulta no site do Detran para identificar débitos, dívidas ou alienação.
Confira todos os documentos minuciosamente e verifique se o veículo não consta no Cadastro Nacional de Veículos Roubados (CNVR). Assim, você evita fraudes e problemas com a justiça.
Coloque a sua estatura na balança
Por mais que inicialmente a relação exata entre estatura e segurança não pareça clara, ela existe. Afinal de contas, a robustez da moto impacta diretamente no conforto do piloto, ou seja, é necessário prezar pelo equilíbrio.
O treinamento adequado até ajuda o condutor a ganhar habilidades na pilotagem. Porém, fato é que, quando a moto se encontra em rotação baixa, parada ou em curvas, o risco de queda cresce de maneira considerável para quem não tem a altura suficiente para se adequar ao veículo.
Cheque as características ergonômicas
Já ouviu falar em ergonomia? Pois esse conceito desempenha um papel bastante decisivo na hora de selecionar uma entre as diversas opções de motos de alta cilindrada. Ergonomia significa a capacidade de adaptação e oferecimento de conforto do veículo ao corpo do condutor.
Sem uma ergonomia favorável, você não sente prazer quando usa a moto por longos períodos. Nesse sentido, vale muito a pena realizar um test drive para verificar a altura e o assento, comparando com suas peculiaridades físicas. E aí entra uma ligação com o tópico anterior: é importante colocar os pés no chão, garantindo facilidade ao descer e maior estabilidade em curvas e durante baixas rotações.
Dê prioridade a uma marca de qualidade
Autoridade e credibilidade no mercado não se compra, se conquista. E essa máxima pode ajudar os amantes da motocicleta no processo de escolha do modelo ideal. A dica aqui é: priorize a qualidade e a reputação da marca responsável pela produção do veículo.
Analise vantagens e desvantagens, ponderando prós e contras de cada alternativa. Histórico da marca, diferenciais, atendimento no pós-venda, frequência de problemas com peças e custos médios de manutenção devem integrar a lista. Assim, você foge das compras por impulso e garante um investimento certeiro.
Avalie as condições de pagamento
Em geral, no Brasil, há três possibilidades básicas para realizar o pagamento de uma moto. Ao comprar à vista, claro, o consumidor junta o montante previamente e, no ato, quita o valor integral. Excelente formato por garantir descontos e eliminar a criação de um débito futuro, no entanto ele costuma ser muito mais difícil para boa parte das pessoas.
Existe também o financiamento, opção que permite o acesso instantâneo ao veículo comprado. Por outro lado, o investimento recebe um considerável acréscimo devido à cobrança de juros. Isso sem falar na necessidade de dar uma entrada, que costuma girar em torno dos 20% do valor total.
A terceira possibilidade mais comum é o consórcio: o comprador parcela o montante integral da moto e, mesmo assim, pode levá-la como se o pagamento fosse à vista, usando a carta de crédito. Entretanto, ele precisa ser contemplado via sorteio ou lance. No consórcio, não há juros sobre parcelas, apenas uma taxa de administração.
Desenvolva um planejamento financeiro
Acabamos de mencionar as possibilidades de pagamento, portanto nada mais adequado do que citar a importância de programar e seguir um planejamento financeiro rigoroso. Por maior que seja o sonho de ter uma moto, jamais arrisque outros desejos, muito menos a própria estabilidade, em nome disso.
Para traçar um planejamento cuidadoso envolvendo finanças, cheque cada um dos gastos adicionais da compra da moto, desde seguros até impostos, passando por revisões e taxas de transferência do documento. Caso o investimento à vista se mostre inviável, calcule além do montante de cada parcela, programando a aquisição com a devida antecedência para eliminar o máximo possível de encargos.
Entender o significado de termos técnicos de motos de alta cilindrada ajuda a decidir qual modelo se adequa às suas necessidades e desejos. Além disso, não hesite em tirar todas as outras dúvidas com um profissional especializado na concessionária. Dessa forma, você terá a certeza de que está se dando bem ao realizar o grande sonho de investir na moto.
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